️ JORNAL CATÓLICO – RÁDIO SANTA FILOMENA
22 de outubro de 2025
Tema: A legítima defesa e a pena de morte à luz do Catecismo de São Pio X
Caríssimos ouvintes,
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Hoje, a Rádio Santa Filomena deseja refletir sobre um tema que a sociedade moderna frequentemente distorce: o direito à legítima defesa e a licitude da pena de morte, conforme a doutrina católica tradicional, ensinada com clareza no Catecismo de São Pio X e confirmada pela Sagrada Escritura.
Vivemos em tempos em que os governos, contaminados pelo espírito liberal e anticristão, buscam enfraquecer o direito natural de defesa, desarmando os cidadãos honestos e permitindo que a injustiça e o crime se espalhem.
Contudo, a Igreja de Cristo ensina que a defesa da vida, da família e da ordem é não apenas um direito, mas um dever moral de todo cristão.
O Catecismo de São Pio X declara:
“Não peca quem, defendendo-se, mata injustamente o agressor, contanto que o faça por necessidade de defesa própria e sem ódio.”
E a Sagrada Escritura confirma:
“Se o ladrão, arrombando a casa, for ferido e morrer, não haverá culpa de sangue daquele que o feriu.”
Êxodo 22, 2 – Bíblia Padre Matos Soares

Essas palavras revelam a sabedoria divina: Deus não exige que o homem seja cúmplice do mal pela omissão.
O pai de família que defende seus filhos de um agressor, o cidadão que protege a vida dos inocentes — esses não cometem pecado, mas praticam um ato de justiça.
A lei natural, impressa por Deus no coração humano, ensina que ninguém está obrigado a deixar-se matar injustamente.
Negar esse princípio é negar o próprio direito à vida, que é um dom sagrado.
E quando um governo liberal e secular impede o cidadão de se defender, ele se coloca contra a lei de Deus e contra a razão natural.
O mesmo Catecismo de São Pio X ensina também sobre a pena de morte, afirmando:
“É lícito à autoridade pública tirar a vida ao culpado, quando esta é a única maneira de reparar a ordem violada.”
Aqui, a Igreja mostra que a pena capital, quando aplicada pela autoridade legítima, não é um ato de ódio, mas de justiça e caridade.
Caridade — porque dá ao culpado a oportunidade de refletir sobre o peso de seus pecados, confessar-se e alcançar o perdão divino antes da morte.
Quantas almas, tocadas pela graça no último instante, se converteram diante do patíbulo, compreendendo que o castigo terreno era ocasião para alcançar a vida eterna!
Portanto, a pena de morte, longe de ser contrária à misericórdia, pode ser instrumento da salvação, quando o pecador aceita a sentença como justa e oferece a Deus seu arrependimento.
É claro que todo castigo deve ser justo e proporcional, e somente a autoridade pública legítima — e não o indivíduo — pode aplicá-lo.
Mas a doutrina católica ensina que a sociedade tem o dever de proteger os inocentes e preservar a ordem, e que a impunidade é uma forma de crueldade, pois deixa o mal triunfar.

O liberalismo, que prega uma falsa liberdade sem moral e sem Deus, tenta abolir tanto a pena de morte quanto o direito à defesa.
Mas essa ideologia não busca a paz, e sim a destruição da justiça e da ordem cristã.
Como ensinava o Papa Leão XIII, “a paz não consiste na ausência de armas, mas na presença da justiça.”
Por isso, o católico deve compreender que a legítima defesa e a autoridade legítima são partes da ordem querida por Deus.
Defender a vida e os inocentes é cumprir um dever de caridade e justiça.
E quando o Estado impede isso, ele se torna injusto e contrário à lei divina.
Que cada católico, guiado pela luz da fé, permaneça firme na verdade, sem ceder ao erro liberal que inverte os valores e chama o bem de mal e o mal de bem.
Rezemos à Santíssima Virgem Maria, à Gloriosa Santa Filomena e a São Miguel Arcanjo, protetor das almas fiéis, para que defendam o povo cristão da mentira moderna e do desarmamento moral que o mundo tenta impor.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.
Texto redigido por Lucas de Oliveira Campos
Rádio Santa Filomena – a serviço da salvação das almas.