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"A Idolatria Moderna: Pets no Lugar de Filhos"
“Família sem Filhos: A Idolatria do Século”
Por Ir. José de Santa Filomena (Lucas Campos)
Publicado em 23/10/2025 22:09 • Atualizado 23/10/2025 22:17
Jornal Rádio Santa Filomena

Rádio Santa Filomena — A serviço da salvação das almas

Ribeirão Preto – SP, 23 de outubro de 2025

 

️ Animais, Idolatria e a Ordem Divina

 

Estamos vivendo uma crise moral profunda: famílias que rejeitam a vocação à vida e ao matrimônio aberto aos filhos estão substituindo filhos por animais. Este fenômeno, que cresce ano a ano, não é apenas um erro social, mas um desvio espiritual gravíssimo.

 

O mal dessa inversão é profundo. Hoje, mais de 40% dos casais jovens afirmam não desejar filhos, mas gastam fortunas em rações especiais, brinquedos e roupas para seus “pets”. Essa mentalidade é antivida e anticristã, porque recusa o dom da fecundidade e transforma o amor humano em egoísmo disfarçado de ternura.

 

Estatísticas recentes mostram que países como França — antes referência em famílias numerosas — hoje possuem média de apenas um filho por casal, enquanto o gasto com animais domésticos aumenta exponencialmente. A sociedade moderna, ao colocar animais acima de Deus e da vida humana, inverte a ordem natural da criação.

 

Animais e Idolatria

 

São Tomás de Aquino ensina em sua Suma Teológica (II-II, q.64, a.1):

 

“Os animais existem em função do homem, e o homem existe em função de Deus.”

 

Os animais, criados para servir ao homem, não possuem alma racional nem participação na vida eterna. Colocá-los acima dos filhos é idolatria disfarçada, e como toda idolatria, abre as portas do mal. Quem adora a criatura mais que o Criador se afasta da graça e caminha para o lado de lá, aonde as almas são privadas de Deus.

 

O Sacrifício e a Ordem Divina

“Na verdadeira ordem divina, segundo a fé católica tradicional, os filhos são o supremo dom de Deus, destinados à perpetuação da vida, à santificação da família e à salvação das almas. Trocar filhos por animais é negar o desígnio eterno do Criador, corromper a natureza humana e substituir o bem imortal por meros prazeres terrenos e passageiros.”

Onde há sacrifício de criaturas para idolatria, há demônio e destruição. Colocar animais no centro do afeto humano e no lugar de filhos é uma forma de culto diabólico involuntário, pois substitui o que é sagrado (a vida humana) pelo que é perecível.

Sinais do Mal e o Crescimento do Estado Islâmico

 

O afastamento da ordem natural tem consequências graves. Assim como países que rejeitam a fecundidade veem a decadência moral e social, o mundo testemunha o crescimento de movimentos anticristãos e violentos, como o Estado Islâmico, que profana a vida humana e se espalha onde Deus é esquecido. A decadência moral de uma nação precede sempre a decadência física e social.

 

A urgência de procriar e educar na fé católica

Vivemos tempos de grave desafio para a Igreja e para a civilização cristã. O número de filhos nas famílias católicas tem diminuído drasticamente, e muitos pais esquecem que a prole é um dom sagrado de Deus, destinada a perpetuar a fé, a sociedade cristã e a defesa da ordem divina.

Enquanto isso, outras religiões, como o Islã, crescem rapidamente em número de fiéis, formando gerações que não conhecem a fé de Cristo. Se os católicos continuarem a negligenciar sua vocação à família numerosa e à educação religiosa, corremos o risco de ver a fé cristã enfraquecida, e nossas futuras gerações incapazes de defender os valores e a civilização que nos foram confiados por Deus.

Cada filho é um tesouro espiritual e um soldado potencial da fé. A Igreja tradicional sempre ensinou que a família é a célula fundamental da sociedade e que os pais têm o dever sagrado de procriar, educar e formar seus filhos na fé católica. Renunciar a esta vocação é abrir mão da própria proteção da Igreja, da pátria e da ordem natural estabelecida pelo Criador.

 

Que cada católico, portanto, reconheça a gravidade do momento: não podemos adiar a procriação nem a educação na fé. Cada filho concebido e educado segundo os preceitos de Cristo é um passo firme para garantir que a Igreja continue viva e forte no mundo, preservando a santidade, a civilização cristã e a vitória da verdade sobre os erros e heresias.

 

⚠️ Consequências Futuras

 

Se as famílias continuarem a substituir filhos por animais, os efeitos serão devastadores:

 

Redução da população cristã;

 

Aumento do materialismo e do egoísmo;

 

Perda da fé nas gerações futuras;

 

Maior influência de ideologias diabólicas, que desprezam a vida humana e exaltam o prazer sobre o dever.

 

Animais são dons de Deus, mas não são salvadores, nem substitutos do plano divino. Onde há adoração ou excesso de apego a eles, o mal se aproxima. O homem que coloca os animais acima do Criador abre mão de sua alma para o lado de lá, porque confunde criatura com Criador.

 A Verdade da Doutrina

 

São Tomás de Aquino reforça:

 

“O homem é senhor dos animais, não seu servo; usá-los para conforto é permitido, mas adorá-los ou priorizá-los sobre os filhos é pecado grave.”

 

O Catecismo de São Pio X lembra que apenas o homem possui alma racional e chamada à vida eterna. Trocar filhos por pets nega o dom da criação e a vocação divina, gerando egoísmo e idolatria.

 

Famílias devem priorizar filhos sobre animais.

 

Ter filhos é uma vocação sagrada do matrimônio, conforme o Catecismo de São Pio X e os santos papas antes do Vaticano II.

 

Criar animais para servir é permitido; servir animais em vez de gerar filhos é pecado grave.

 

Que cada família desperte e coloque os filhos no centro do lar, dedicando-os a Deus, cumprindo assim a lei natural e divina. A desordem atual é um alerta: onde o homem rejeita a vida, o mal entra e a sociedade se torna terreno fértil para o pecado e a idolatria.

 

O Catecismo de São Pio X e os ensinamentos dos papas antes do Vaticano II reafirmam: familia numerosa, filhos abertos à vida e amor a Deus são prioridade absoluta. Animais são dons de Deus, mas não podem substituir filhos, nem a obediência ao Criador.

 

Argumento contra a recusa de ter filhos

 

Recusar a vocação natural do matrimônio, ou decidir não gerar filhos, é um desvio grave da ordem divina. O matrimônio, segundo o Catecismo de São Pio X, tem dois fins principais: o bem dos cônjuges e a procriação. Negar filhos é negar a própria finalidade sagrada do matrimônio, prejudicando não apenas a própria família, mas também a sociedade e a Igreja.

 

São Tomás de Aquino ensina que o homem foi criado para cooperar com Deus na obra da criação, e que cada filho é um dom sagrado, destinado à santidade e à vida eterna. Recusar a geração de filhos, portanto, é recusar o plano divino e privar Deus de novas almas para a salvação.

 

Além do aspecto espiritual, a recusa de ter filhos gera efeitos sociais graves:

Redução da população cristã, enfraquecendo a fé nas gerações futuras;

 

Aumento do egoísmo e do materialismo, pois o casal prioriza prazeres ou conveniências sobre a vocação natural;

 

Vulnerabilidade a ideologias anticristãs, que prosperam em sociedades que rejeitam o dom da vida.

 

O apego ao conforto pessoal ou a ideologias modernas que desencorajam a fecundidade não justifica a desobediência à lei natural e à vontade de Deus. O verdadeiro amor cristão inclui aceitar a responsabilidade de gerar e educar filhos, reconhecendo neles a presença de Deus e a oportunidade de santificação da família.

 

Portanto, aqueles que deliberadamente evitam ter filhos estão rejeitando a ordem divina e a vocação sagrada do matrimônio, abrindo seu lar para a esterilidade espiritual e social, e desviando-se do plano eterno de Deus para a humanidade.

 

“Tudo o que respira louve ao Senhor” – mas é o homem, dotado de razão e alma eterna, que deve conduzir a criação à glória de Deus, dando aos filhos a prioridade que lhes é devida.

 

✍️ Texto escrito por Lucas de Oliveira Campos

Rádio Santa Filomena – Ribeirão Preto, SP

23 de outubro – Mês do Rosário

“A serviço da salvação das almas.”

 

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