Jornal Rádio Santa Filomena 

A serviço da salvação das almas

Ribeirão Preto – SP, 27 de outubro de 2025

️ Edição Especial:

Halloween e a Falsa Reforma – Quando as trevas tentam ofuscar a luz de Cristo

⚔️ Editorial: Entre o Rosário e as Trevas do Mundo

Nesta semana, mais uma vez, o mundo celebra aquilo que ofende gravemente a Deus: o Halloween, festa de inspiração anticristã e demoníaca, que se disfarça de diversão inocente enquanto espalha símbolos do inferno, da morte e da zombaria do sagrado.

Enquanto os santos clamam por pureza e oração, milhões brincam com o pecado, vestindo-se de monstros, bruxas e demônios. O que muitos não percebem é que o Halloween não é apenas uma festa mundana — é uma verdadeira ofensa espiritual, que abre portas à profanação e à influência do mal.

O Catecismo de São Pio X ensina que devemos “fugir de toda ocasião de pecado e de tudo quanto possa conduzir à ofensa de Deus”. Participar, mesmo por curiosidade, de festas que glorificam o horror e o oculto é cooperar, ainda que indiretamente, com as trevas.

O Halloween: quando o mundo ri do inferno

Essa data, importada de países descristianizados, tenta banalizar o mal. As crianças, incentivadas a brincar com o que é diabólico, crescem acreditando que o inferno é uma lenda e o demônio uma figura de fantasia.

Mas a fé católica tradicional afirma o contrário: o demônio é real e luta incessantemente para perder as almas.

São Pio X combateu o modernismo e os erros que relativizam o pecado. E é exatamente isso que o Halloween faz — transforma o mal em brincadeira, ridiculariza a virtude e faz o pecado parecer inofensivo.

“O demônio tem duas grandes vitórias: fazer o homem pecar e fazer o homem achar que o pecado não existe.”

— Santo Afonso de Ligório

Por isso, neste tempo de confusão, todo católico fiel deve reparar os pecados cometidos através dessa festa obscura com orações, rosários e penitência.

✝️ A coincidência das datas: Halloween e a “festa da Reforma”

Não por acaso, o 31 de outubro também marca a data em que muitos protestantes comemoram a chamada “Reforma” de Martinho Lutero (1517) — um ato de rebelião contra a Igreja de Cristo.

Enquanto os fiéis do mundo católico são chamados à santidade, os erros protestantes são celebrados em festas e cultos que negam a autoridade do Papa, a intercessão dos santos, o valor das boas obras e a presença real de Cristo na Eucaristia.

Catecismo de São Pio X – Parte III: Dos Mandamentos da Lei de Deus

Sobre o Primeiro Mandamento:

“Devemos adorar a Deus somente e amá-lo sobre todas as coisas.

Por este mandamento somos obrigados a adorar unicamente a Deus e a não dar culto a criaturas ou coisas vãs.

Pecam contra este mandamento todos os que praticam a superstição, a adivinhação, o espiritismo, a magia e outras artes diabólicas.”

(Catecismo de São Pio X, Parte III, Cap. II, § 4)

⛪ A mesma data: Halloween e a “Festa da Reforma”

No mesmo dia em que o mundo celebra o Halloween, os protestantes comemoram a chamada “Reforma” de Martinho Lutero (1517) — a ruptura que feriu o Corpo Místico de Cristo, a Santa Igreja.

A Revolta de Lutero e a Origem da Reforma Protestante

No século XVI, a Europa vivia um tempo de grandes transformações políticas e culturais. Nesse contexto, surgiu um movimento que abalou profundamente a unidade da fé cristã: a Reforma Protestante.

O principal nome ligado a esse movimento foi Martinho Lutero, um monge agostiniano e padre católico da Alemanha. Lutero havia estudado teologia e era professor na Universidade de Wittenberg. Contudo, apesar de ter sido formado dentro da Igreja, ele passou a questionar a autoridade do Papa, os sacramentos e a doutrina tradicional, afastando-se da obediência que devia à Santa Igreja.

Em 1517, Lutero afixou suas chamadas 95 teses na porta da igreja do castelo de Wittenberg. Nessas teses, ele atacava práticas da Igreja, como a concessão de indulgências, mas foi além: passou a negar a autoridade do Papa, a tradição apostólica e o Magistério — pilares da fé católica. Assim, ao invés de buscar a correção de eventuais abusos dentro da Igreja, Lutero rompeu com ela, criando um caminho de desobediência e divisão.

O Papa Leão X, em 1520, deu a Lutero a oportunidade de retratar-se de seus erros. Porém, ele recusou-se a obedecer, queimou publicamente o documento papal e foi, então, excomungado.

A partir desse ato, formaram-se diversas seitas protestantes, cada uma interpretando a Bíblia por conta própria, sem a autoridade da Igreja que Cristo fundou sobre Pedro. Isso gerou uma fragmentação sem fim: hoje existem milhares de denominações diferentes, todas nascidas da mesma desobediência inicial.

Enquanto Lutero dizia buscar “reforma”, a verdadeira reforma viria logo depois dentro da própria Igreja, com o Concílio de Trento (1545-1563), que renovou a disciplina, reafirmou as verdades da fé e condenou os erros doutrinários.

Assim, a chamada “Reforma Protestante” não foi uma reforma verdadeira, mas uma revolta contra a autoridade legítima da Igreja de Cristo. Lutero foi um padre que, em vez de obedecer como prometera em seus votos sagrados, preferiu seguir sua própria interpretação, rompendo com a unidade da Igreja Católica — única fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo.

✝️ “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”
(Mateus 16,18)

Enquanto uns zombam do sagrado nas ruas, outros celebram a rebelião contra a Igreja Una e Santa.

Mas Nosso Senhor fundou uma só Igreja, sobre Pedro e seus sucessores. A “Reforma” não foi um progresso espiritual, mas um retrocesso que gerou divisão, confusão doutrinária e perda de sacramentos.

Essa coincidência não é mera casualidade: ambos os eventos — o Halloween e a “festa da Reforma” — representam, de formas distintas, a recusa da autoridade divina e da verdadeira Igreja de Nosso Senhor.

“Fora da Igreja não há salvação.”

— Catecismo de São Pio X, Cap. II

O Halloween profana com o riso e a fantasia; o protestantismo profana com a negação da verdade revelada. Ambos afastam as almas da unidade católica e da luz de Cristo.

Halloween: o disfarce da escuridão

Origem Católica: All Hallows’ Eve

Data: 31 de outubro (véspera do Dia de Todos os Santos, 1º de novembro).

Significado: “All Hallows’ Eve” significa literalmente “Véspera de Todos os Santos”.

Prática: Os católicos lembravam os santos e mártires e rezavam pelas almas do purgatório. Era um momento de oração, reflexão e devoção.

Finalidade: Preparar espiritualmente os fiéis para o Dia de Todos os Santos, celebrando aqueles que já atingiram a santidade e intercedendo pelas almas que ainda sofriam no purgatório.

Halloween Moderno

• Hoje, o Halloween é majoritariamente lúdico e comercial, com fantasias, doces e elementos de terror.

• Muitos símbolos atuais — bruxas, caveiras, demônios — sem qualquer relação com a devoção católica.

• Alguns grupos até associam a festa a práticas satânicas, o que é completamente contrário à intenção original da Igreja.

As crianças, inocentes, aprendem a brincar com o pecado. Os adultos, por comodidade, chamam o erro de “tradição”. Mas quem ama a Deus não brinca com o inferno.

“Contra essas diabólicas festas e costumes, a Igreja sempre ensinou, com a clareza do Catecismo de São Pio X:

‘Pecam contra este mandamento todos os que praticam a superstição, a adivinhação, o espiritismo, a magia e outras artes diabólicas.’”

“O demônio triunfa quando o pecado é tratado como brincadeira.”

— Santo Afonso de Ligório

“O que começa como jogo, termina como desgraça da alma.”

— São João Maria Vianney

Reparação e Oração

Católicos fiéis à Tradição, eis o nosso dever: reparar, rezar e combater espiritualmente.

No próximo 31 de outubro, enquanto o mundo se veste de trevas, nós nos revestiremos da luz do Rosário.

Exortação à reparação:

Rezar o Rosário completo (15 mistérios) pela conversão dos pecadores.

Fazer jejum e abstinência nesse dia.

Consagrar o lar ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria.

Evitar toda forma de participação em festas profanas ou alusões ao Halloween.

“O Rosário é a corrente que prende o demônio e liberta as almas.”

— Padre Pio de Pietrelcina

️ Conclusão

O Halloween é a noite das trevas, mas o Rosário é a aurora da graça.

Enquanto o mundo se perde em máscaras e falsos sorrisos, os filhos da Igreja devem ajoelhar-se diante do Crucificado e suplicar misericórdia por tantas ofensas.

Que neste 31 de outubro, a voz dos fiéis católicos se eleve em oração, e que cada Ave-Maria seja um golpe contra o inferno e um consolo ao Coração de Jesus.

Rádio Santa Filomena — Ribeirão Preto, SP

A serviço da salvação das almas.

✍️ Escrito por Lucas de Oliveira Campos