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O Batismo das Crianças e a Verdade Contra os Protestantes
Crianças e Batismo: Verdade Bíblica Contra os Protestantes
Por Ir. José de Santa Filomena (Lucas Campos)
Publicado em 31/10/2025 23:23 • Atualizado 31/10/2025 23:24
Jornal Rádio Santa Filomena

Jornal Rádio Santa Filomena

 Deus abençoe!

31 de outubro de 2025

 

O Batismo das Crianças: Porta da Graça e Filiação Divina

 

“Em verdade, em verdade te digo: se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” (Jo 3,5) 


 

Introdução

 

A Santa Igreja Católica, desde os Apóstolos, sempre ensinou que o Batismo é necessário para a salvação. É o primeiro dos sacramentos, a porta da graça e o meio pelo qual o homem nasce para a vida sobrenatural.
O próprio Cristo instituiu este sacramento, dizendo:

 

“Ide, pois, e ensinai a todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mt 28,19)

 

O Batismo não é mera formalidade ou “símbolo de fé”, como dizem alguns protestantes, mas um ato eficaz, que lava o pecado original, faz do homem filho de Deus e membro da Igreja.

 


 

✝️ A Doutrina Católica Tradicional

 

1. O Catecismo Romano (Concílio de Trento)

 

O Catecismo do Concílio de Trento ensina claramente:

 

“O Batismo é o Sacramento da regeneração pela água e pela palavra. Por ele renascemos filhos de Deus e libertos do poder das trevas.”
(Catecismo Romano, Parte II, cap. II, n. 2)

 

E mais:

 

“Como ninguém pode entrar na vida eterna sem renascer em Cristo, o Batismo é absolutamente necessário à salvação.”
(Catecismo Romano, Parte II, cap. II, n. 7)

 

Portanto, sem o Batismo, o homem não pode ser chamado filho de Deus, pois ainda carrega em si o pecado original herdado de Adão.

 


 

2. O Catecismo de São Pio X

 

São Pio X, o Papa da Catequese, ensina de modo simples e direto:

 

Pergunta: O que é o Batismo?
Resposta: O Batismo é o Sacramento que apaga o pecado original, nos faz cristãos, filhos de Deus e membros da Igreja.
(Catecismo de São Pio X, Parte II, cap. 1)

 

Pergunta: Devem ser batizadas as crianças?
Resposta: Sim, porque, embora não tenham pecados pessoais, têm o pecado original.
(Idem)

 

Assim, a criança não batizada não é ainda filha de Deus por adoção, mas criatura d’Ele pela criação natural. Só o Batismo concede a graça santificante e a filiação divina.

 


 

️ A Necessidade do Batismo das Crianças

 

A Igreja sempre batizou as crianças desde os primeiros séculos, como testemunham os Padres da Igreja:

 

  • Santo Irineu (séc. II): “Cristo veio salvar todos: bebês, meninos, jovens e velhos; por isso santifica também as crianças.”

  • Santo Agostinho: “A Igreja recebeu dos Apóstolos a tradição de dar o Batismo também às crianças.” (De Genesi ad litteram, X, 23)

 

A razão é simples: as crianças também precisam ser libertas do pecado original, mesmo não tendo cometido pecados pessoais.

 

“Todo homem nasce manchado pelo pecado original; é necessário que renasça pela água e pelo Espírito Santo.”
(Jo 3,5)

 


Referências Bíblicas sobre o Batismo das Crianças

1. João 3,5

“Em verdade, em verdade te digo: se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.”

Jesus não faz distinção de idade.
A expressão “quem não nascer da água e do Espírito” é universal — abrange adultos e crianças.
Santo Agostinho comenta:

“Se o Senhor não fizer exceção, quem ousaria excluí-las do Batismo e da salvação?”
(Contra Julianum, V, 4)


2. Mateus 28,19

“Ide, pois, e ensinai a todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”

O mandamento de Cristo é para todas as gentes (todas as nações), o que inclui pessoas de todas as idades.
Santo Pedro Crisólogo escreveu:

“Nenhum homem nasce cristão: torna-se cristão pelo Batismo.”


3. Atos dos Apóstolos 2,38-39

“Pedro lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos pecados... Pois a promessa é para vós e para os vossos filhos.”

Aqui São Pedro anuncia o Batismo como promessa também aos filhos dos crentes.
O Catecismo Romano (Concílio de Trento) cita este texto ao explicar o Batismo infantil, afirmando que “a promessa do Batismo abrange igualmente as crianças, pois também elas precisam ser libertas do pecado original.”


4. Atos 16,15

“Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa...”

Refere-se a Lídia, vendedora de púrpura.
A palavra “casa” (domus), usada várias vezes nos Atos, indica toda a família, inclusive os filhos.
A Igreja primitiva entendeu esses “batismos de casa inteira” como abrangendo crianças.


5. Atos 16,33

“Naquela mesma hora da noite, o carcereiro foi batizado, ele e todos os seus.”

Outro exemplo de Batismo familiar.
Nada indica que todos eram adultos; pelo contrário, o texto mostra a prática coletiva e imediata do sacramento, sem exclusões por idade.


6. 1 Coríntios 1,16

“Batizei também a casa de Estéfanas...”

Mais uma referência ao Batismo de toda uma família, sem distinção.
Os Padres da Igreja, como Orígenes e Santo Agostinho, sempre citaram esse versículo como prova do Batismo infantil.


7. Colossenses 2,11-12

“Em Cristo fostes circuncidados... tendo sido sepultados com Ele no Batismo.”

São Paulo compara o Batismo à circuncisão, que no Antigo Testamento era feita em bebês de oito dias.
Logo, se o Batismo é a nova circuncisão espiritual, também deve ser conferido às crianças.

Santo Agostinho escreve:

“A circuncisão dava o ingresso no povo de Deus; o Batismo dá ingresso na Igreja. Assim como o menino era circuncidado, também deve ser batizado.”
(Contra Donatistas, IV, 24)


8. Marcos 10,13-16

“Deixai vir a mim as criancinhas, não as impeçais, porque delas é o Reino de Deus.”

Embora não fale de Batismo diretamente, este trecho mostra o desejo de Cristo de acolher as crianças e dar-lhes a graça.
A Igreja sempre entendeu que o modo de levá-las a Jesus é pelo Batismo.

O Catecismo de São Pio X cita este versículo para exortar os pais:

 

“As crianças devem ser batizadas o quanto antes, para que não lhes seja impedida a entrada no Reino de Deus.”

 


 

⚔️ Refutação aos Argumentos Protestantes

 

️ Argumento 1: “A criança não entende, então não pode ter fé.”

 

Resposta:
A fé do Batismo não é apenas a fé pessoal, mas a fé da Igreja.
Como ensina o Concílio de Trento (Sess. VII, cân. 13):

 

“Se alguém disser que as crianças, por não terem o uso da razão, não devem ser batizadas... seja anátema.”

 

A Igreja crê em nome da criança, assim como um adulto pode crer em nome de um doente que não pode falar.

 


 

️ Argumento 2: “O Batismo não salva; é só um símbolo da fé.”

 

Resposta:
Cristo mesmo declarou:

 

“Quem crer e for batizado será salvo.” (Mc 16,16)

 

O Batismo opera o que significa: apaga o pecado, infunde a graça e insere na Igreja.
O Concílio de Trento (Sess. VII, cân. 8) condena quem diz que o Batismo “é só um sinal externo sem eficácia”.

 


 

️ Argumento 3: “Jesus não batizou crianças.”

 

Resposta:
Também não há registro de que Ele proibisse, e o próprio Cristo disse:

 

“Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o Reino dos Céus.” (Mt 19,14)

 

A Igreja primitiva, guiada pelo Espírito Santo, sempre compreendeu isso como mandato de incluir também os pequenos.

 


 

O Mistério do Limbo

 

Antes do Vaticano II, a teologia católica ensinava — com base na razão e na Tradição — a existência do limbo das crianças, um estado de felicidade natural, sem dor, mas sem a visão beatífica de Deus, reservado àquelas que morrem sem o Batismo, mas sem culpa pessoal.

 

O Catecismo Romano (Concílio de Trento) diz:

 

“As almas que morrem em pecado original apenas, sem culpa atual, vão a um lugar onde não sofrem penas sensíveis, mas são privadas da visão de Deus.”
(Parte I, cap. 6, § 3)

 

Assim, o limbo não é inferno de tormentos, mas uma consequência da ausência da graça santificante que só o Batismo pode conferir.

 


 

Conclusão: Do nascimento natural ao nascimento espiritual

 

Todo homem nasce criatura de Deus.
Mas para ser filho de Deus pela graça, é necessário o Batismo.

 

“A todos os que o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.” (Jo 1,12)

 

Por isso, a Igreja sempre exorta os pais católicos: não retardem o Batismo de seus filhos!
Negar-lhes esse sacramento seria privá-los da filiação divina e do céu.

 


 

Fontes e Referências

 

  • Catecismo Romano (Concílio de Trento) – Parte II, Cap. II

  • Concílio de Trento, Sessão VII – Cânones sobre o Batismo

  • Catecismo de São Pio X, Parte II, Cap. I

  • Santo Agostinho, De Peccatorum Meritis et Remissione

  • Santo Irineu, Adversus Haereses

  • Sagrada Escritura: Jo 3,5; Mt 28,19; Mc 16,16

 


Conclusão

Todas essas passagens, vistas à luz da Tradição Apostólica e do magistério constante, mostram que o Batismo infantil é vontade de Cristo e prática desde os primeiros séculos.

 

“A Igreja recebeu dos Apóstolos o mandato de batizar também as crianças.”
Santo Agostinho, De Genesi ad Litteram, X, 23

 


 


Feito por: Lucas de O. Campos
Rádio Santa Filomena
“Deus abençoe!”

 

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