
Rádio Santa Filomena — Voz da Verdade e da Tradição Católica
Matéria do dia 8 de novembro de 2025
✍️ Por Lucas de Oliveira Campos
️ A Verdade sobre a Reforma Protestante e as Heresias de Lutero
Caríssimos ouvintes, Hoje, dia 8 de novembro de 2025, a Rádio Santa Filomena apresenta a verdade que o mundo moderno insiste em ocultar: a história real da chamada “Reforma Protestante”, e como ela gerou uma multidão de divisões, erros e heresias que afastaram milhões de almas da única Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo — a Igreja Católica Apostólica Romana.
⚔️ Martinho Lutero e o início da revolta
Martinho Lutero, monge agostiniano, entrou no convento dos eremitas após um grave pecado de sangue — a morte de um companheiro Martinho Lutero matou um colega de estudos chamado Jerônimo Buntz (ou Jerônimo) em um duelo — prometendo dedicar-se a Deus por medo da justiça humana sobe pena de morte.
Foi ali que nasceu um coração perturbado, tomado pela soberba e pelo desespero, que o levaria a recusar a autoridade da Igreja e dos Papas.
Em 1517, ele pregou suas 95 teses, atacando o ensino das indulgências, que nada mais são do que a remissão das penas temporais dos pecados já perdoados, concedida pela Igreja através do poder de ligar e desligar dado por Cristo a Pedro (Mt 16,19).
O erro de Lutero foi negar o valor das boas obras, da confissão e da autoridade da Igreja. Ele criou a falsa doutrina da “Sola Fide” — “somente a fé salva” — e da “Sola Scriptura” — “somente a Escritura é regra de fé”.
Mas a própria Bíblia que ele dizia seguir, foi reunida, preservada e definida pela Igreja Católica, nos Concílios de Hipona (393) e Cartago (397 e 419), confirmados por Inocêncio I (405) e pelo Concílio de Trento (1546).
Sem a Igreja, não haveria Bíblia, pois foi ela quem discerniu os livros inspirados e rejeitou os falsos escritos.
Os livros chamados “apócrifos”
Lutero retirou sete livros do Antigo Testamento — Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus I e II — chamando-os de “apócrifos”.
Mas todos esses livros já eram aceitos e lidos pelos primeiros cristãos e pelos próprios Apóstolos, segundo o testemunho dos Padres da Igreja.
O Concílio de Trento (1546) reafirmou solenemente o Cânon Sagrado completo, declarando anátema quem negasse qualquer um desses livros.
Como a Bíblia surgiu — a verdade histórica
A Bíblia não caiu do céu pronta, nem foi escrita toda de uma vez.
Ela é o conjunto dos livros inspirados por Deus, escritos ao longo de mais de mil anos, por diversos autores sagrados — profetas, apóstolos e evangelistas.
Nos primeiros séculos do Cristianismo, não existia uma lista oficial de quais livros faziam parte da Escritura.
Havia muitos escritos circulando: evangelhos apócrifos, cartas falsas e textos misturados à verdadeira doutrina.
Foi a Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, que definiu o Cânon Sagrado, isto é, a lista dos livros inspirados por Deus.
Isso aconteceu nos Concílios de Hipona (393) e Cartago (397 e 419), confirmados pelo Papa Inocêncio I em 405.
Séculos depois, o Concílio de Trento (1546) reafirmou solene e definitivamente o mesmo cânon, condenando os que retirassem ou acrescentassem livros.
Sem a autoridade da Igreja, não haveria Bíblia, pois foi a Igreja que:
preservou os manuscritos originais, traduziu-os para o latim (a Vulgata de São Jerônimo), e transmitiu fielmente o texto através dos séculos.
A Sagrada Tradição — o alicerce da fé
Antes mesmo de existir o Novo Testamento, os Apóstolos pregavam oralmente a Palavra de Deus.
São Paulo ensina claramente:
“Irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que aprendestes, seja por palavra, seja por carta nossa.” (2 Tessalonicenses 2,15)
Portanto, a fé cristã não nasceu da Bíblia, mas a Bíblia nasceu da fé e da Tradição apostólica.
A Tradição Sagrada é a transmissão viva do ensinamento dos Apóstolos através dos séculos, conservada e explicada pelo Magistério da Igreja.
⚖️ Por que a “Sola Scriptura” é falsa
A doutrina protestante da “Sola Scriptura” é contraditória e incoerente, porque:
A própria Bíblia não ensina a “Sola Scriptura”. Nenhum versículo diz que “somente a Escritura” é suficiente.
Se cada um interpreta por si mesmo, surgem muitas divisões e contradições — e é exatamente isso que aconteceu: há mais de 40 mil seitas protestantes no mundo, cada uma com uma leitura diferente.
A interpretação da Escritura só pode ser autêntica se feita pela Igreja que a recebeu e a conserva com autoridade apostólica.
Como ensina o Catecismo do Concílio de Trento:
“A Igreja é a guardiã e intérprete legítima das Sagradas Escrituras.”
E o Papa Leão XIII, na encíclica Providentissimus Deus (1893), afirmou:
“A Escritura não é de interpretação privada; foi confiada à Igreja, a quem pertence julgar sobre o verdadeiro sentido das palavras divinas.”
A Bíblia é a Palavra de Deus entregue à Igreja, e não separada dela.
Quem rejeita a autoridade da Igreja cai no erro de Lutero, que abriu o caminho para confusão, divisão e heresia.
A fé verdadeira permanece como sempre ensinou São Paulo:
“A fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo.” (Romanos 10,17)Mas esse “ouvir” é a pregação da Igreja, guardiã da Verdade.
Assim, o católico fiel deve amar a Sagrada Escritura, lê-la, meditá-la, mas sempre sob a luz da Tradição e do Magistério, porque a Palavra sem a Igreja se torna letra morta— e somente a Igreja, esposa de Cristo, é sua intérprete legítima.
⚖️ A Verdade sobre a Inquisição Católica e a Falsa Inquisição Protestante
Entre as muitas mentiras que o mundo moderno espalhou contra a Igreja de Cristo, nenhuma foi tão distorcida quanto a história da Inquisição.
Os inimigos da fé gostam de repetir que “a Igreja matou milhões na Inquisição”, mas a verdade, confirmada por historiadores sérios e documentos autênticos, é muito diferente.
O que foi, de fato, a Inquisição Católica
A Inquisição — ou Santo Ofício — foi um tribunal eclesiástico de investigação e correção de erros doutrinários, criado para proteger a fé e impedir injustiças civis.
Surgiu no século XIII, quando hereges, como os cátaros e albigenses, ameaçavam a unidade da Cristandade e praticavam crimes graves, inclusive o assassinato de padres e fiéis.
O objetivo da Inquisição não era punir, mas converter.
O acusado tinha direito à defesa, testemunhas e revisão do processo — algo raro na justiça civil da época.
A maioria dos processos terminava em penitências espirituais, como rezar salmos, jejuar ou peregrinar.
O Papa Inocêncio IV, na bula Ad Extirpanda (1252), proibiu expressamente o uso de tortura exagerada e a condenação sem provas.
Os próprios reis e autoridades civis eram quem executavam as penas mais graves — não a Igreja.
A verdadeira “Inquisição” foi protestante
Enquanto a Inquisição Católica buscava justiça e arrependimento, as Inquisições Protestantes foram marcadas por ódio e perseguição sangrenta.
Em Genebra, o reformador João Calvino impôs um regime de terror religioso: quem discordava dele era preso, torturado ou morto.
O caso mais conhecido é o do médico espanhol Miguel Servet, queimado vivo em 1553 por negar a doutrina calvinista da Trindade.
Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com Roma e criou a Igreja Anglicana para justificar seu adultério.
Sob seu reinado e o de sua filha Isabel I, centenas de monges, freiras e padres católicos foram martirizados por se recusarem a negar o Papa.
Entre eles, São Tomás Moro e São João Fisher, que morreram decapitados por fidelidade à fé católica.
Na Alemanha e na Escandinávia, o luteranismo também impôs perseguições, confiscando igrejas, expulsando religiosos e proibindo a Missa.
Essas foram as verdadeiras Inquisições Protestantes — cheias de ódio, intolerância e sangue inocente —, enquanto a Igreja Católica, acusada injustamente, buscava salvar almas e manter a ordem espiritual.
Historiadores modernos, inclusive não católicos, como Edward Peters e Henry Charles Lea, reconhecem que:
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a Inquisição salvou milhares de pessoas que seriam executadas injustamente por tribunais civis;
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menos de 2% dos réus inquisitoriais receberam pena capital;
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e que os processos católicos eram muito mais humanos e justos que os protestantes.
Portanto, a imagem de uma “Igreja cruel e sanguinária” foi criada por propaganda anticatólica — primeiro pelos reformadores protestantes, e depois pelos maçons e iluministas, que odiavam a autoridade espiritual de Roma.
A Verdadeira Veneração das Imagens e o Erro dos que Chamam de Idolatria
Um dos maiores erros espalhados pelos protestantes desde Lutero é a acusação de que a Igreja Católica “adora imagens” e “comete idolatria”.
Essa falsa acusação vem da má interpretação da Sagrada Escritura, especialmente do mandamento de Êxodo 20,4, onde está escrito:
“Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra...”
Os inimigos da fé param a leitura por aí, e não entendem o sentido do texto.
Deus não proibiu fazer imagens, mas sim adorá-las como se fossem deuses, como faziam os pagãos.
A idolatria é adorar a criatura em lugar do Criador.
A Igreja Católica jamais fez isso.
A diferença entre adorar e venerar
A Igreja sempre distinguiu entre adoração (latria) e veneração (dulia).
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Adoração pertence somente a Deus — Pai, Filho e Espírito Santo.
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Veneração é a honra prestada aos santos e às suas imagens, porque eles refletem a glória de Deus.
Quando o fiel se ajoelha diante de uma imagem, não adora a madeira nem o barro, mas presta honra à pessoa santa que ela representa.
É o mesmo que alguém beijar a foto de um ente querido: não ama o papel, mas quem está representado ali.
O II Concílio de Niceia (ano 787), aprovado pelo Papa Adriano I, declarou solenemente:
“A honra prestada à imagem passa ao seu protótipo; quem venera uma imagem, venera a pessoa nela representada.”
E o Catecismo Romano ensina:
“As imagens dos santos não são adoradas, mas veneradas, porque nos recordam os benefícios de Deus e nos excitam à imitação de suas virtudes.”
Provas bíblicas: Deus mandou fazer imagens
A própria Bíblia mostra que Deus ordenou a confecção de imagens sagradas para o culto legítimo.
Êxodo 25,18-22 — Deus ordena a Moisés:
“Farás dois querubins de ouro... e os colocarás sobre o propiciatório. É ali que Eu me encontrarei contigo.”
Ou seja, as imagens dos anjos estavam na Arca da Aliança, o lugar mais santo do Templo.
Números 21,8-9 — Quando o povo era ferido por serpentes, o Senhor disse a Moisés:
“Faze uma serpente de bronze e coloca-a sobre uma haste; e todo aquele que for mordido e olhar para ela viverá.”
Deus usou uma imagem como sinal de salvação, prefigurando a cruz de Cristo.
1 Reis 6,23-29 — No Templo construído por Salomão, havia querubins, palmas e flores esculpidas nas paredes, portas e colunas.
Essas imagens decoravam a casa de Deus, e o próprio Senhor abençoava o templo.
Se fosse pecado fazer imagens, o próprio Deus teria se contradito, o que é impossível.
As imagens aproximam o coração de Deus
As imagens dos santos e de Nossa Senhora não são “ídolos”, mas janelas espirituais que nos recordam as virtudes, os milagres e o amor de Deus manifestado neles.
Elas nos convidam à oração e à imitação da santidade.
Por isso, em todas as igrejas antigas, desde os primeiros séculos, os cristãos pintavam cenas bíblicas nas catacumbas e usavam ícones para rezar — muito antes de existir qualquer protestante.
Portanto, dizer que os católicos “adoram imagens” é uma calúnia.
A Igreja ensina o mesmo desde os Apóstolos:
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Só Deus é adorado.
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Os santos são venerados.
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As imagens são sinais sagrados que elevam a alma a Deus.
O problema não está nas imagens, mas em quem não compreende o que elas significam.
Como disse São João Damasceno, grande defensor dos ícones:
“Eu não adoro a matéria, mas o Criador da matéria, que se fez matéria por mim.”
Cristo é a imagem viva de Deus
A razão mais profunda pela qual a Igreja usa imagens está no próprio Mistério da Encarnação.
Deus, que é invisível, se fez homem em Jesus Cristo.
São Paulo ensina:
“Cristo é a imagem visível do Deus invisível.” (Colossenses 1,15)
Se o próprio Deus quis tornar-se visível, podemos representá-Lo e recordar Sua presença.
Negar as imagens é, em certo sentido, negar a Encarnação do Verbo.
A Verdade sobre o Purgatório e os Erros Protestantes
Entre as heresias mais persistentes do Protestantismo está a negação do Purgatório.
Muitos líderes protestantes afirmam que não existe purificação após a morte e que a alma vai imediatamente para o Céu ou para o Inferno, ignorando completamente o ensinamento da Igreja Católica, a Tradição Apostólica e até a própria Bíblia.
1. A base bíblica do Purgatório
Os protestantes costumam recusar livros que a Igreja sempre considerou inspirados, chamados de deuterocanônicos.
Um dos textos mais claros é 2 Macabeus 12,42-46, onde lemos:
“Então mandou orações e oferendas pelos mortos, para que fossem libertados do pecado. Porque era um pensamento santo e piedoso rezar pelos que haviam morrido, para que fossem purificados de seus pecados.”
Ou seja, a Escritura confirma explicitamente que existe um estado de purificação depois da morte, onde as almas são preparadas para a glória eterna.
2. A Tradição da Igreja e os Padres
Desde os primeiros séculos, os Santos Padres ensinaram sobre o Purgatório:
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Santo Agostinho: “Alguns pecados leves são purificados após a morte pelo fogo, antes da entrada no Reino de Deus.”
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São Gregório Magno: confirma a prática de orações pelos mortos, como ato de caridade cristã.
O Purgatório não é um castigo arbitrário, mas uma misericórdia de Deus, que permite à alma ser purificada antes de contemplar a Santíssima Trindade.
3. O erro dos protestantes
Os reformadores protestantes, como Lutero, negaram o Purgatório porque:
Queriam reduzir a necessidade dos sacramentos e das orações pelos mortos, atacando a Missa e as indulgências;
Retiraram os livros deuterocanônicos, incluindo 2 Macabeus, para que não houvesse prova bíblica de suas práticas;
Negaram a autoridade da Igreja de interpretar a Escritura e conservar a Tradição.
Ao fazer isso, criaram uma Bíblia incompleta, deixando de lado livros que a Igreja reconheceu como inspirados há séculos, e, com isso, passaram a propagar doutrinas incompletas e heréticas.
4. Por que a Igreja manteve o Purgatório e os livros deuterocanônicos
O Concílio de Trento (1546) reafirmou:
“Se alguém disser que não há remissão nem purificação depois da morte, ou que não se deve oferecer oração pelos que dormem em Cristo, seja anátema.”
A Igreja manteve os livros deuterocanônicos porque:
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São inspirados e ensinam verdades importantes, como a oração pelos mortos;
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Confirmam a existência do Purgatório;
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Ensinaram a prática da caridade para com os falecidos, que continua válida até hoje.
Negar isso é substituir a Tradição por opinião humana, caindo no erro do Protestantismo, que promove confusão sobre a salvação, a misericórdia e o papel da Igreja na vida eterna.
⚖️ 5. Conclusão
O Purgatório é um ato de misericórdia divina, um tempo de purificação necessário para que a alma alcance a santidade perfeita.
Negar o Purgatório, como fazem os protestantes, é:
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Ignorar o ensinamento de Deus e da Igreja;
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Rejeitar livros inspirados da Bíblia (como 2 Macabeus);
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E propagar um erro que prejudica a salvação das almas e a prática de orações pelos mortos.
O fiel católico deve:
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Acreditar no Purgatório;
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Rezar pelos mortos;
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Confiar na misericórdia e na justiça de Deus, guiados pela Igreja, que é a guardiã da Verdade.
“Portanto, purificai-vos, pois ninguém sem santidade verá o Senhor.” (Hebreus 12,14).
O Batismo das Crianças: Graça que não espera
O batismo não é apenas um rito ou uma tradição; é o sacramento da vida em Deus, o meio pelo qual somos lavados do pecado, incorporados à Igreja e recebemos a graça que nos salva. Desde os primeiros séculos da Igreja, os cristãos entenderam que nenhuma idade é pequena demais para o amor de Deus.
Alguns grupos protestantes insistem que o batismo deve ser exclusivo de quem já “conhece e escolhe” a fé. Alegam que crianças não podem crer e, portanto, não deveriam ser batizadas. Mas a Bíblia, a Tradição e a própria razão refutam completamente esses argumentos.
Primeiro, a Escritura mostra que Deus acolhe os pequeninos: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque de tais é o Reino de Deus” (Mc 10,14). Jesus não impôs condições de idade ou consciência para que as crianças se aproximassem d’Ele. Pelo contrário, Ele as considerou dignas da graça divina desde o nascimento.
Além disso, exemplos bíblicos revelam que famílias inteiras eram batizadas. Atos 16,15 e 16,33 narram a conversão e o batismo de casas inteiras, incluindo, inevitavelmente, crianças e bebês. Negar o batismo infantil é ignorar a prática dos primeiros cristãos, que seguiam o ensinamento dos apóstolos sem hesitar.
Outro ponto essencial é o pecado original. Todos nascemos com ele (Rm 5,12). As crianças, embora inocentes de pecados pessoais, ainda precisam ser libertas dessa mancha. O batismo infantil é a resposta de Deus a essa necessidade: uma graça que não espera a maturidade para agir, mas toca o coração desde o início da vida.
A Tradição apostólica também confirma essa prática. Santos como Irineu e Agostinho defendiam o batismo de crianças como ato de amor e cuidado espiritual. Não é a consciência da criança que salva, mas a ação de Deus através do sacramento, antecipando Sua graça e preparando a fé que crescerá com ela.
Portanto, o batismo infantil não é apenas legítimo; é necessário e belo. É o primeiro abraço de Deus a cada ser humano, um gesto que protege, purifica e incorpora à vida da Igreja. Negar esse sacramento é negar o amor de Deus aos mais pequenos, ignorando séculos de fé viva e a própria vontade divina de oferecer a salvação a todos.
O batismo infantil nos lembra que a graça não espera a maturidade da mente ou do coração: Deus nos quer desde o início, com toda a intensidade do Seu amor.
Refutação das Teses Protestantes sobre o Batismo
Muitas seitas protestantes negam o batismo infantil, baseando-se em algumas ideias equivocadas. Vamos analisar e refutar cada uma delas à luz da Bíblia, da Tradição e da razão.
Tese 1: “O batismo deve ser apenas de pessoas que creem conscientemente”
Refutação:
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A Bíblia mostra que famílias inteiras eram batizadas, incluindo crianças (Atos 16,15; 16,33).
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Jesus disse: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais” (Mc 10,14), mostrando que crianças têm acesso à graça.
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A fé da criança crescerá com o tempo, mas a graça do batismo não depende da compreensão ou escolha da criança.
Tese 2: “Crianças não têm pecado, então não precisam ser batizadas”
Refutação:
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Todos nascem com o pecado original (Rm 5,12).
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O batismo remove o pecado original e confere graça divina, mesmo antes da pessoa cometer pecados pessoais.
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Negar o batismo infantil é negar a misericórdia de Deus e o acesso à salvação desde o início da vida.
Tese 3: “O batismo é apenas um símbolo da fé pessoal”
Refutação:
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Para a Igreja Católica, o batismo é sacramento, não mero símbolo. Ele confere graça real, regenera a alma e incorpora à Igreja.
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Reduzir o batismo a símbolo ignora o poder de Deus e a verdadeira função do sacramento, que atua independentemente da maturidade da criança.
Tese 4: “A Igreja primitiva batizava apenas adultos”
Refutação:
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Registros históricos e patrísticos mostram que a Igreja primitiva batizava crianças desde os primeiros séculos.
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Santos como Santo Irineu e Santo Agostinho afirmavam que o batismo infantil é correto e necessário.
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O argumento de que “somente adultos” é bíblico ou tradicional é falso; trata-se de uma invenção de seitas posteriores.
Tese 5: “A fé se desenvolve na idade adulta, então o batismo infantil é inútil”
Refutação:
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A fé cresce com o tempo, mas a graça do batismo não espera.
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O sacramento dá à criança uma vida espiritual desde o nascimento, preparando-a para desenvolver a fé pessoal.
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Negar o batismo infantil é atrasar a ação de Deus em quem Ele já quer salvar.
Conclusão
O batismo infantil é bíblico, tradicional, necessário e belo. Negar o batismo às crianças ignora a Escritura, a Tradição Apostólica e a vontade de Deus de oferecer a salvação desde o nascimento. Todas as teses protestantes que limitam o batismo apenas a adultos estão equivocadas.
As Inúmeras Seitas Nascidas da Revolta Protestante — De Lutero até os nossos dias
Desde que Martinho Lutero se rebelou contra a Igreja de Cristo em 1517, rasgando a unidade da fé e negando a autoridade do Papa, o mundo cristão foi sendo dilacerado em milhares de pedaços.
A promessa protestante de “voltar à pureza do Evangelho” acabou gerando mais de 45 mil denominações diferentes, todas se contradizendo entre si — uma prova viva de que o erro nunca produz unidade, mas apenas confusão.
A própria Escritura, que eles dizem seguir, já condenava isso:
“Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo.” (Efésios 4,5)
️ 1. Martinho Lutero – O início da revolta (1517)
Fundador do Luteranismo, que negava:
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a autoridade da Igreja e do Papa,
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o valor das obras para a salvação,
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cinco dos sete sacramentos,
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o sacerdócio e a Missa como sacrifício.
Lutero espalhou a heresia da “Sola Scriptura”, afirmando que só a Bíblia bastava — esquecendo que foi a própria Igreja que a formou e guardou durante séculos.
Ele também pregava a “Sola Fide”, dizendo que a fé sem obras bastava para salvar.
Por causa disso, abriu a porta para que cada pessoa interpretasse a Bíblia por conta própria, iniciando o caos religioso que dura até hoje.
2. João Calvino – O Predestinado (1536)
Calvino levou as ideias de Lutero ao extremo.
Fundou o Calvinismo, ensinando que Deus já predestinou alguns para o céu e outros para o inferno, negando a liberdade humana.
Negou também a presença real de Cristo na Eucaristia e reduziu o culto à simples leitura e cânticos.
Dessa seita nasceram os Presbiterianos e, mais tarde, influenciou o Puritanismo inglês.
A Igreja Católica, desde o Concílio de Trento (1545-1563), condenou com clareza essas falsas doutrinas, reafirmando que o homem coopera livremente com a graça de Deus.
3. Henrique VIII – O rei que quis ser papa (1534)
Quando o Papa negou o seu pedido de divórcio, o rei inglês fundou a Igreja Anglicana, declarando-se chefe supremo da religião em seu país.
Com isso, arrancou a Inglaterra da comunhão com Roma e confiscou os bens da Igreja.
Dessa heresia nasceram depois os Episcopais e várias igrejas “nacionais”.
Até hoje o anglicanismo se divide entre grupos liberais e tradicionais, mostrando o mesmo veneno do cisma: a soberba contra a autoridade de Pedro.
4. Anabatistas – Rebeldes da anarquia (século XVI)
Pregavam o “batismo apenas de adultos” e recusavam qualquer autoridade civil ou eclesiástica.
Foram precursores dos Batistas e de vários grupos radicais que negam o batismo infantil e o valor dos sacramentos.
A Igreja sempre ensinou, desde os Apóstolos, que o batismo das crianças é legítimo, conforme Atos 16,15 e o Catecismo de Trento.
5. John Wesley – O movimento metodista (século XVIII)
Do anglicanismo nasceu o Metodismo, fundado por John Wesley, que pregava uma vida “disciplinada” mas sem a plenitude da graça dos sacramentos.
Com o tempo, os metodistas deram origem aos movimentos pentecostais e, depois, aos neopentecostais, cada vez mais afastados da doutrina original.
6. O Espiritismo e as Irmãs Fox (1848)
Nos Estados Unidos, as irmãs Fox afirmaram ouvir batidas misteriosas que, segundo elas, eram “almas dos mortos”.
Desse engano nasceu o espiritismo moderno, mais tarde desenvolvido por Allan Kardec na França.
O espiritismo nega o Céu, o Inferno e o Purgatório, ensina a “reencarnação” e tenta substituir os sacramentos por “comunicações com os mortos”, algo condenado pela Bíblia em Deuteronômio 18,10-12.
A Igreja sempre ensinou: “Ao homem está destinado morrer uma só vez, e depois disso vem o juízo.” (Hebreus 9,27)
7. Charles Taze Russell – Testemunhas de Jeová (1870)
Russell negou a divindade de Cristo, a Trindade e o Inferno.
Fez falsas profecias sobre o “fim do mundo” (1914, 1918, 1925 e 1975) e enganou milhões com falsas traduções da Bíblia.
A Igreja o condena como um falso profeta, pois o próprio Cristo advertiu:
“Se alguém disser: ‘Eis o Cristo aqui ou ali’, não acrediteis.” (Mateus 24,23)
8. Ellen White – Adventistas do Sétimo Dia (1863)
Dizia ter visões e impôs o sábado judaico como dia de guarda.
Negou a imortalidade da alma e o inferno eterno.
A Igreja refuta com base em Colossenses 2,16-17, onde São Paulo diz que ninguém deve ser julgado “por causa de sábados”, pois Cristo é o cumprimento da Lei.
9. Joseph Smith – Mórmons (1830)
Dizia ter recebido “revelações” de um anjo chamado Morôni e escreveu o Livro de Mórmon, cheio de contradições.
Ensina que Deus foi homem e que os homens podem virar deuses — uma blasfêmia.
A Igreja ensina que só existe um Deus verdadeiro e eterno, conforme o Símbolo de Atanásio e o Catecismo Romano.
10. Pentecostais e Neopentecostais (século XX até hoje)
Começaram com o movimento de Azusa Street (1906), nos EUA, e se espalharam pelo mundo.
Afirmam ter “dons do Espírito Santo”, mas muitos caem em gritos, quedas e desordens — o que não vem do Espírito de Deus, mas da confusão emocional.
Dessas seitas nasceram:
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Assembleia de Deus
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Congregação Cristã
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Igreja do Evangelho Quadrangular
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Deus é Amor
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Universal do Reino de Deus
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Mundial do Poder de Deus
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Renascer, Bola de Neve e inúmeras outras.
- Cada uma cria sua própria “doutrina” e “revelação”, distorcendo a Escritura.
11. As seitas modernas do século XXI
Hoje vemos a multiplicação de igrejas-empresa, “apóstolos” autoproclamados, “profetas da prosperidade” e “pregadores digitais” que vendem milagres e falsas bênçãos.
Alguns negam o pecado, o inferno e até a necessidade do batismo.
Outros tentam misturar espiritismo com evangelismo.
São os frutos amargos da rebelião de 1517:
milhares de doutrinas, um só orgulho e nenhuma verdade.
A verdadeira Igreja permanece firme
Enquanto as seitas se dividem, a Igreja Católica permanece a mesma, com sua fé, seus sacramentos e sua Tradição inabalável.
Como prometeu o Senhor:
“As portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16,18)
Somente na Igreja fundada por Cristo encontramos:
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a autoridade apostólica,
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a unidade da fé,
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a presença real de Cristo na Eucaristia,
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e a segurança da salvação pela graça e pelas obras da caridade.
Conclusão
O Protestantismo começou com uma rebelião e terminou em confusão.
A cada novo “pastor” surge uma nova “igreja”, e o mundo se afasta cada vez mais da verdade.
Mas a Igreja de Cristo — Una, Santa, Católica e Apostólica — permanece firme, guardando o mesmo Evangelho de sempre.
“Quem vos ouve, a Mim ouve; e quem vos rejeita, a Mim rejeita.” (Lucas 10,16)
Que o Espírito Santo ilumine todos os que ainda vivem nas trevas do erro, para que retornem à Casa do Pai, onde está o Altar, a Eucaristia e a verdadeira salvação.
O perigo do Vaticano II e a infiltração protestante
O Concílio Vaticano II (1962–1965), abriu brechas para interpretações ambíguas que aproximaram a prática católica de costumes protestantes:
a simplificação da liturgia, a perda da reverência na Missa, o abandono do latim e o enfraquecimento da confissão e da devoção à Santíssima Virgem.
Essas mudanças confundiram muitos fiéis, fazendo parecer que todas as religiões são iguais — o que é contrário ao ensinamento de Cristo:
“Quem não está comigo está contra mim.” (Mt 12,30)
O Concílio Vaticano II e a aproximação com o Protestantismo
Depois de séculos em que a Igreja Católica manteve firme sua doutrina, sua liturgia e sua identidade, um grande acontecimento marcou o século XX: o Concílio Vaticano II, aberto em 11 de outubro de 1962 pelo Antipapa maçom João XXIII e encerrado em 8 de dezembro de 1965, sob o Papa Paulo VI.
Foi apresentado como um Concílio “pastoral”, e não dogmático, ou seja, não convocado para condenar erros, como fizeram Trento e Vaticano I, mas para “atualizar” a Igreja diante do mundo moderno.
Essa intenção, embora parecesse boa, abriu espaço para interpretações perigosas e mudanças profundas na vida da Igreja.
Mudanças que aproximaram do espírito protestante
Antes do Vaticano II, a Santa Missa era celebrada na forma Tridentina, em latim, voltada para o altar, com o sacerdote oferecendo o Sacrifício do Calvário a Deus — como sempre se fez desde os Apóstolos.
Após o Concílio, foi introduzida a “Nova Missa” (Novus Ordo Missae), promulgada por Paulo VI em 1969, com forte influência de teólogos e observadores protestantes que participaram da sua preparação.
A nova liturgia deu ênfase à “ceia”, reduziu os sinais de sacrifício e permitiu o uso das línguas vernáculas, tornando-se mais parecida com o culto protestante.
Também se alterou o modo de receber a comunhão, introduzindo a comunhão na mão, prática jamais ensinada pelos santos e condenada por Papas anteriores.
Além da liturgia, o Concílio incentivou o ecumenismo, isto é, o diálogo com outras religiões e seitas cristãs.
Mas muitos católicos fiéis perceberam que esse “diálogo” começou a relativizar a Verdade, como se todas as religiões tivessem o mesmo valor.
O resultado foi que, ao tentar aproximar-se dos protestantes, milhares de fiéis se afastaram da doutrina sólida e da reverência devida ao Santíssimo Sacramento.
Um alerta aos católicos fiéis
A Igreja não muda na sua essência — o que é dogma permanece para sempre.
Mas as interpretações e as aplicações do Concílio abriram brechas para erros e confusões, como a diminuição da devoção a Maria, o abandono da confissão frequente, a falta de vocações religiosas, e o enfraquecimento do ensino catequético tradicional.
Muitos sacerdotes e bispos modernos começaram a adotar um tom de protestantização da fé, preferindo a “fraternidade humana” à pregação da conversão e da salvação eterna.
Por isso, muitos santos e estudiosos católicos alertaram:
“Onde a Tradição é abandonada, a fé enfraquece.”
Devemos, portanto, permanecer fiéis à doutrina imutável, à Missa Tridentina e aos catecismos anteriores ao Concílio Vaticano II, que conservaram intacto o ensinamento dos Apóstolos e dos Santos Padres.
Conclusão
O Concílio Vaticano II trouxe mudanças que abriram portas para o modernismo e a confusão doutrinária.
Mas Cristo prometeu que as portas do inferno não prevalecerão contra a Sua Igreja (Mt 16,18).
Cabe a nós, fiéis católicos, defender a Tradição, viver os sacramentos com reverência e permanecer firmes no que sempre foi ensinado “em todo o tempo, por todos e em toda parte” — como dizia São Vicente de Lérins.
O fim de Lutero
Nos últimos anos de vida, Lutero confessou publicamente ter sido atormentado por visões e pelo próprio demônio, que dizia “conhecer pessoalmente”.
Em um de seus escritos chegou a afirmar blasfêmia contra Cristo, dizendo que “pecou” e “cometeu adultério espiritual” — palavras abomináveis.
“Cristo – diz Lutero – cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte, de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: ‘Que fez, então, com ela?’ Depois, com Madalena, depois com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente. Assim Cristo, tão piedoso, também teve de fornicar, antes de morrer.”
“O diabo dormiu ao meu lado, em minha cama, mais vezes do que minha mulher.”
Seu criado testemunhou que Lutero morreu desesperado, após uma noite de gritos, blasfêmias e tormento interior, tirando a própria vida.
Segundo relatos preservados por contemporâneos, inclusive por seu criado Ambrosius, Lutero foi encontrado morto em Eisleben, na madrugada de 18 de fevereiro de 1546.
Ambrosius declarou publicamente que Lutero se enforcou em seu próprio quarto, e que seu corpo foi encontrado pendurado — fato que muitos tentaram silenciar para não escandalizar seus seguidores.
Crônicas antigas e testemunhos locais relatam que seu corpo apresentava marcas de enforcamento e sinais de asfixia, e que os próprios amigos tiveram de preparar o cadáver às pressas para o enterro.
Mesmo entre seus seguidores, espalhou-se a notícia de que Lutero havia morrido “subitamente” e “com sinais de desespero”, reconhecendo seus erros diante da morte.
São Bento, defensor da fé e da verdade,
rogai por nós e protegei-nos de toda heresia.
Fortalecei nossa fé em Cristo,
e guiai-nos sempre pelo caminho da salvação.
Amém.
️ Rádio Santa Filomena — Voz da Verdade e da Tradição Católica
✍️ Lucas de Oliveira Campos
8 de novembro de 2025